O wetland para tratamento de lodo é uma solução indicada para desaguar e mineralizar os lodos gerados no processo de tratamento de esgoto (ETE) e nas fossas sépticas, por meio de processos naturais da degradação. O sistema oferece capacidade para os lodos permanecerem 10 anos sem nenhuma necessidade de manipulação nem de adição de produtos químicos.
Durante este tempo, ocorre a desidratação e a mineralização da matéria orgânica dos lodos, devido a processos que promovem uma redução acelerada de volume do produto e devido as características agronômicas pode ser considerado como biossólido, ou terra fértil, daí surge a tradução de canteiro de mineralização do alemão.
O sistema CML é composto de 4 ou mais leitos de 2, 50 m de profundidade e paredes, ou muralhas, de separação.
O fundo dos leitos é impermeabilizado e constitui um sistema diferenciado de drenagem.
Os drenos são cobertos com camada de brita e areia, e a areia é plantada com macrófitas.
A superfície dos canteiros é alimentada por partes com lodo liquido, de uma maneira que assegura, antes da cada nova carga, a secagem do lodo.
As raízes de macrófitas crescem com a crescente camada de “biossólidos” e suas raízes mantem o filtro aberto ajudando na percolação de efluente.
O percolado é redirecionado para seu tratamento à parte, por exemplo na ETE, onde foi gerado o lodo.
Caso trate o lodo fecal (sem presença de uma ETE) o percolado necessitará de um sistema adicional de tratamento, por exemplo, um Wetland tipo WTV.
Os canteiros são dimensionados para manter o lodo durante mais de 10 anos.
Quando o primeiro leito encher deve descansar durante 1 ano para completar o processo da mineralização.
Depois do descanso o produto seco, o biossólido, deve ser retirado junto com o material vegetal e logo o leito voltará a ser operado.
Se as plantas não se manterem pelas raízes, a vegetação deve ser completada com novas mudas, assim garantindo funcionamento na continuação.
Processo no ultimo ano de cada leito de sistema CML
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Elementos do conceito “Tratar lodo da ETE”
Rede coletora e ETE para tratar os efluentes (por exemplo Reatores SBR Rotaria).
Canteiro de Mineralização de Lodo (CLM) com 4 à 6 leitos, instalados na ETE.
Tratamento do lodo em excesso da ETE no CML, completar a desidratação e mineralização durante anos da permanência do lodo.
O percolado volta para ser tratado junto com o esgoto na mesma ETE.
Objetivo: Reduzir os custos do serviço de tratamento de esgoto, economizando na gestão do lodo gerado no processo de tratamento nas ETEs.
Elementos de “serviço de saneamento sobre rodas”:
Fossas sépticas individuais, tratamento de efluentes de forma individual.
Canteiro de Mineralização de Lodo (CML) instalados em um local estratégico para atender a região.
Serviço de saneamento “sobre rodas”, recoleção programada de lodo séptico com caminhão “Limpa Fossa”.
Tratamento do lodo séptico no CML, completar a desidratação e mineralização durante anos da permanência.
Planta de tratamento para tratar o percolado (WTV).
Objetivo: Poder instalar rapidamente um serviço controlado de saneamento (“sobre rodas”, ou seja, com caminhão auto-vácuo) em áreas sem atendimento com rede e sem opção para tratar o lodo séptico das fossas.
Elementos para reabilitação dos sistemas de lagoas de tratamento:
Depende da configuração de sistema existente, uma parte (p.ex. a lagoa anaeróbia), pode ser transformado em “lagoa SBR” o outra tecnologia que permite cumprir as exigências dadas.
Para tratar o lodo gerado por estas tecnologias, a outra parte (p.ex. a lagoa facultativa), pode ser transformada em o Canteiro de Mineralização do Lodo (CML).
O percolado volta para ser tratado junto com o esgoto na ETE.
Observação: Os sistemas existentes de lagoas oferecem muito potencial, para serem adaptados com tecnologias modernas e eficientes e especialmente considerando a viabilidade técnica e econômica da operação que exige uma solução apropriada para a gestão do lodo da ETE e adicionalmente pode possibilitar atender a região sem rede com o “serviço de saneamento sobre rodas”.